domingo, 15 de novembro de 2009

LEITURA NA PROFISSÃO

Realmente a vida é assim mesmo, dependendo do curso e da correnteza DA VIDA, tem vezes que estamos mais dedicados a leitura e em outras épocas nos dedicamos menos. Por força do meu trabalho, eu tenho que ler bastante, mas literatura específica, que são os autos de inquéritos policiais que na última década tem sido o meu trabalho.




O interessante no meu tipo de trabalho é que eu vou interagindo com o texto e participando nele à medida que o inquérito policial vai sendo movimentado, ora lavro termos, certidões, conclusos, juntadas, depoimentos, ora tenho que ler portarias, outros depoimentos, boletins de ocorrência, laudos técnicos científicos do Instituto de Criminalística, do Instituto Médico Legal e na movimentação do inquérito, como escrivão, estou em permanente sintonia com o delegado, promotor e juiz do feito.



Um inquérito policial nunca é igual a outro, porque as circunstâncias de cada crime são individuais e peculiares. Poucos trabalhos do mundo são capazes de nos dar uma visão ampla das intrigas humanas como o INQUÉRITO POLICIAL.Diariamente participo de interrogatórios onde somos desafiados a fazer perguntas para obter respostas verdadeiras e precisas e depois transformar isso em texto.


Mas o escrivão não é um mero digitador como a maioria das pessoas pensam, em 97% dos casos o texto é de livre lavra do escrivão, isso gera um milhão de possibilidades.. Um verbo diferente e o sentido muda completamente...



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